
Estava atrasado para qualquer coisa. Era noite. Esqueci-me de acender a luz da entrada.
A chave caiu ao chão e eu debrucei-me para a apanhar. Por entre os dedos esfumou-se-me aquele desejo e enfoquei o olhar no negro.
Sentei-me na cadeira de baloiço e olhei um cão que ladrava. Tentei imitá-lo com a autenticidade atribuída aos homens de muita vontade.
Ele replicou sem grande expressão. E eu remeti-me ao silêncio.
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