09 abril 2005

nos dias tranquilos (para um amor sem limites)

Olhava-te timidamente nos gestos mais simples. Tinha pudor de te olhar no lugar do sexo e até os teus braços suados de fim de tarde. O sopro das tuas palavras maravilhava-me, os teus gestos contidos, a tua inocência virginal de quem não se sente observado. Vi-te energia pura e aprendi a descobrir-te degrau a degrau, como quem sobe sem pressa aquela escada desdobrável que me permite uma arrecadação exemplarmente organizada.
Quando saíste eu já não estava lá, antes te organizava, no lugar que decidi atribuir às coisas belas.

Aos meus amores (fragmento de um discurso amoroso)

2 comentários:

paula. disse...

(sorriso)

nos dias tranquilos parece-me um pensamento adorável...
(ja a parte da arrecadação só me lembra que tenho que esvaziar a minha)
bom fds
...

paula.

Unknown disse...

Esvaziar a arrecadação! humm
Cuidado com os espaços vazios, fazem eco e podem ser perigosos caso não digamos as coisas certas a nós mesmos.