Quero colocar-te a ver a terra, a terra a absorver a água, a água a deslizar pela surriba, a água a jorrar terra, a terra a jorrar água. Quero colocar-te a seguir o caminho seguro e marcado da goteira,a toupeira enlameada que segue a minhoca, os seres ocultos que jorram em ti. Os seres vivos que jorram nela, terra, mãe terra. TUDO.
Quero-te na enxurrada, espectador na primeira fila. Quero-te lá onde sobre uma pedra solta a água nasce livremente, como livremente corre para o lugar mais fundo. Quero-te ali nos lugares inesperados que dão significado aos teus dias iguais. Quero-te solta e verdadeira mãe, mãe terra onde as toupeiras vivem onde os seres ocultos são alvos e a tua vida nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário