Embora existam alguns aspectos a melhorar na organização geral do festival e exista também a necessidade de uma maior afluência de público (posso dizer que dos 8 filmes que passaram no pequeno auditório do Teatro de Vila Real eu vi 7 e fui com toda a certeza o mais assíduo dos espectadores) nunca estiveram na sala mais que 10 a 15 pessoas - em alguns filmes foram mesmo menos.
Uma tão boa selecção (colheita / harvest) merecia mais público, merecia outras dinâmicas - ficou a perder quem faltou à chamada.
"Alicia en el País", um filme do chileno Estaban Larraín, foi para mim um dos melhores filmes do festival. Um filme que nos faz acreditar que há imagens que ainda fazem sentido, que há desejos, que há caminhos que embora sejam difíceis devem ser percorridos, que o sonho não tem limites, que a liberdade é tudo, que necessitamos de muito pouco para sermos felizes, que a natureza é imensa e de uma beleza suprema.
Fica aqui uma mensagem para os cinéfilos (e não só) do país - se gostam mesmo de cinema, cinema a sério, façam o sacrifício e venham ao Douro, já que, como sabem, é cada vez mais difícil ver cinema (a sério) onde quer que seja.
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