25 maio 2005

Resgatado ao quotidiano II - dentro de mim

Das três cartas que te enviei, não respondeste a nenhuma.
Não tiveste tempo.
Trocaste de passeio quando me viste na rua.
Olhaste para o infinito quando estavamos quase frente a frente naquela esplanada.
Valeu um sol de fim de tarde. Uma mágoa dolorosa no peito. E o gin tónico que acabei por beber de golada.
Sorri para outra mesa como se fossem velhos conhecidos.
De lá acenaram-me e dos lábios do puto pude entender as palavras ciciadas: até segunda.
Não tinha por hábito sair aos domingos. Mas hoje não sei, o sol, um odor impossível a maresia fez-me levantar da cama mais cedo que o costume.
E lá estava eu num fim de tarde domingueiro a olhar um rio lento e uma brisa fresca.
Não esperava era encontrar-te.
Mas pronto aconteceu... e depois.
Vou para casa lavar a louça de sábado à noite. Ler um livro para adormecer.
E na segunda lá estarei como se o mundo renascesse de novo.

3 comentários:

rita disse...

Li o blog quase todo e saio daqui com uma impressão muitíssimo positiva. Tenciono voltar. Tenho pena de não ter tempo agora para comentar todos os textos que me disseram alguma coisa. Beijinho*

paula. disse...

É sábado de novo...
E tudo é possível, não por ser sábado, mas por ser sempre possível reinventar novos começos...
Beijinho

Anónimo disse...

Gostei muito do que li por aqui. Parabéns. Voltarei.