03 fevereiro 2005

Contos minúsculos*

Muitas vezes se confunde o verdadeiro viajante com aquele que simplesmente entra num avião ou no carro e se desloca para um determinado destino. Viajar não corresponde unicamente ao movimento perceptível da pessoa que vai de um lugar para outro, nem tão pouco existe um único conceito de viagem. Fernando Pessoa viajava dentro do seu próprio quarto, para Pavese era, simplesmente, “uma brutalidade”. Para Kerouac era alienação pura.

O verdadeiro viajante não é um turista, o verdadeiro viajante é um ser interrogativo e diletante. Desafia as normas e os conceitos pré-estabelecidos e não lhe interessa o lugar de chegada mas antes as nuances do seu percurso. O verdadeiro viajante só existe sem roteiro.

* Leia-se o post do meu querido amigo talento da mediocridade

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