21 dezembro 2004

Canção da errância

Eu sou o irregular o vagabundo o erradio

eu sou da errância e da distância e da errática

e proibida margem de outro rio.

Haverá sempre em mim a linha matemática

e a gramática secreta do Padre António Vieira.

A minha terra é sempre em terra estranha

quem me quiser procure na fronteira

eu sou de algures entre o azul e a Espanha.

Manuel Alegre in “Alentejo e Ninguém”

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