11 novembro 2004

espelhos

altura : arutla
mat : tam
pirilipan-pan : nap-napilirip
artur : rutra
alho : ohla
soalho : ohlaos
muito : otium

o dia hoje começou mal, tudo ao contrário e muitas vezes desfocado.
o espelho da casa de banho estava sujo e no ralo da banheira havia pêlos.
Esqueci-me de fechar a torneira e à noite deparei com uma inundação. Fiquei com os sapatos todos molhados, e as calças que ontem tinha comprado na Zara, ficaram irremediavelmente estragadas.
Quando saí para a rua e me meti no carro fui todo o tempo perseguido por uma aicnâlubma (ambulância)
definitivamente tinha acordado invertido para os acontecimentos.

- Cheguei!
- só agora. Diz ela!
- sim fui perseguido por uma aicnâlubma.
- então que contas?
- Olha, hoje tenho muito pouco para te dizer. O que pretendes saber?


hoje...
não vi a novela das sete, não ouvi o relato, estive desatento nas aulas...
quando falavas eu só pensava na desculpa que iria arranjar para aguentar a vida mais um dia,
decidi não ir a mais nenhum lado, inclusive, não fui à conservatória como tinha previsto...

Chego a casa tropeço num taco do soalho, escorrego para a frente no chão molhado e ainda por cima deparo-me com o bilhetinho dos afazeres para o dia todo.
fiquei pior que estragado.
O soalho estava definitivamente irrecuperável...

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